Rock 'N' Roll

Rock 'N' Roll

Mais um Louco

Bem vindos todos os viajantes, piratas, perdidos, esquecidos, desavisados, alucinados, esse blog é uma pequena maneira de retribuir o muito que vários LOUCOS MUSICAIS me mostraram com seus venenos, suas bolachas, seus conhecimentos e suas pirações por música, especialmente ROCK/BLUES, mais sem desprezar outros gêneros/gênios. Aliás um desses loucos é que me fez voltar a postar, porque fiquei de saco cheio com essa queda de braço com o DMCA, era um tal de postar e derrubar que tira o tesão de qualquer um, mais em fevereiro de 2014 conheci o blog Som Mutante, aliás recomendo, http://sommutante.blogspot.com.br/ , que procurando um cd do Chris Robinson me levou até lá e não pude mais sair rsrs. Lendo os post desde o começo do blog não resisti a voltar a luta, obrigado Lobo.
Um blog para quem nasceu no século passado e ainda escuta Exile On Main St. pela bilionésima vez e acha que não tem nada melhor.

PS:Um aviso, posto coisas que gosto e portanto as elogio e denomino-as como eu quiser, não tenho saco pra discutir quem é o melhor, etc, já fiz as minhas escolhas e portanto se não gosta do meu som sinta-se a vontade para ir embora.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Living Colour - Pride (1995)

Vou postar uma coletânea de uma banda muito boa, Living Colour, que lançou esse álbum com sucessos dos seus 3 discos e mais algumas faixas inéditas; duas músicas já conhecidas tiveram uma alteração, a versão remixada de "Love Rears Its Ugly Head" e "Memories Can't Wait" em uma versão ao vivo.

Living Colour - Pride


Garotos Da Rua - Garotos Da Rua (1986)

Os Garotos Da Rua é uma banda gaúcha de rock que bebe na fonte dos Stones, com a predominância de riffs de guitarras, mais também usa teclados e metais, fazendo um som bem balançado, em 1986 assinam um contrato e lançam esse petardo, produzido e gravado por Marcelo Sussekind nos estudios RCA do Rio e São Paulo. O disco conta com a participação de grandes nomes do rock nacional, como: Celso Blues Boy, Ezequiel Neves e Paulo Henrique (piano).
Contém as músicas "Juventude Um Passo A Frente", "Que Piada!" participação de Ezequiel Neves, "Não É Você" participação de Celso Blues Boy, "Você É Tudo Que Eu Quero", "Depois Da Festa" participação de Paulo Henrique, "Babilina", "Gurizada Medonha", "Sabe O Que Acontece Comigo?", "Meia Colher", "Longe De Você" participação de Paulo Henrique e "Tô De Saco Cheio", sendo que várias canções fizeram sucesso.

Garotos Da Rua - Garotos Da Rua


sexta-feira, 25 de julho de 2014

Wilko Johnson & Roger Daltrey - Going Back Home

Esse disco juntou Wilko Johnson, guitarrista do Dr. Fellgood, banda inglesa que fez sucesso nos anos 70 e o vocalista Roger Daltrey, do The Who, e eles gravaram um excelente disco de rock clássico, músicas curtas, arranjos deliciosos, com vários solos de harmônica e riffs de guitarra interessantes.
O álbum abre com "Going Back Home" onde a harmônica já mostra seu poder durante a canção e num solo no final; "Ice On The Motorway" rock agitado com a voz de Daltrey como destaque, rouca, potente e um riff de guitarra dançante e gostoso; "I Keep It To Myself" é para balançar o quadril e sair dançando, quase um rock anos 50.
"Can You Please Crawl Out Your Window" rock mais cadenciado nessa versão da música do Bob Dylan; "Turned 21" uma balada carregada de emoção, com Daltrey mostrando porque ainda é dono de uma garganta conectada diretamente à alma e a guitarra de Johnson levando a canção; "Keep On Loving You" de volta o balanço pra arrassar no salão com um solo de Wilko.
"Some Kind Of Hero" outro rockão, guitarra e harmônica levando a canção; "Sneaking Suspicion" balanço gostoso com destaque para a voz de Daltrey, bem rouca e outro belo solo de guitarra; "Keep It Out Of Sight" outro riff gostoso de ouvir, balanço, peso e com Roger cantando demais e um solo de Hammond dos bons.
"Everybody's Carrying A Gun" de novo algo anos 50, com balanço e riffs e mais solo de Wilko e no final um solo de piano; "All Through The City" fecha o disco pra cima, dançante, iressistível e com um ótimo nível de canções. Vale a pena.

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Robert Randolph & The Family Band - We Walk This Road (2010)


Robert Randolph é um músico de pedal steel e que já tocou com Eric Clapton, esse cd é gravado com sua famíla em 2010 e apresenta vários ritmos como funk, soul, gospel. Esse álbum tem a participação de Ben Harper, Doyle Bramhall II, Leon Russell, T-Bone Burnett que também é um dos produtores.
Embora não seja muito badalado na mídia, Robert toca muito e junto com os irmãos fez um disco muito bom, aprecie.

Robert Randolph & The Family Band - We Walk This Road

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Humble Pie - Smokin' (1972)

O Humble Pie ficou conhecido como a banda dos guitarristas/vocalistas Peter Frampton e Steve Marriott, eles foram uma banda inglesa que navegava entre o blues/rock e o hard rock e esse é o primeiro álbum após a saída de Frampton, o que possibilitou a Marriot tomar a direção musical em suas mãos. Smokin' é o quinto álbum de estúdio da banda, lançado em 1972, foi produzido pelo próprio Marriott, que fez uma bela união de blues com hard rock.
O disco abre com "Hot 'N' Nasty", com um ritmo funkeado e belas guitarras mais o Hammond fazem dessa faixa  um belo cartão de visitas do que está por vir; "The Fixer" já é um rockão anos 70 bem hard, pulsante e com um vocal brilhante de Steve em destaque, além do solo de guitarra; "You're So Good For Me" é uma balada com violões, numa levada gostosa de ouvir e com belos backing vocals.
"C'mon Everybody" de volta ao rock, acelerado, vibrantes e com muitas guitarras e um belo solo de guitarra; "Old Time Feelin'" outra balada, como a anterior algo mais country/folk, violões, harmônica e backing, o Hammond conduzindo a música; "30 Days In The Hole" outro rock com os backing e a guitarra nos riffs e a harmônica num quase solo.
"Road Runner" um blues cadenciado, com um riff de guitarra marcando a canção, pontuado pelo orgão, interessante que não tem solo; "I Wonder" é um bluesão lento, arrastado, com Marriott dando um show e um solo de guitarra afundado na mixagem pela bateria e depois outro solo de harmônica; "Sweet Peace And Time" fecha esse álbum genial, de volta ao hard, com riffs de guitarra e um solo matador.

Humble Pie - Smokin'


domingo, 22 de junho de 2014

The Rolling Stones - The Royal Dragon

Bom acho que quem olhar esse blog percebe qual a minha banda favorita, e na verdade o primeiro post foi o Exile On Main St. Remaster, pois junto com Let It Bleed e Sticky Fingers, são a trilha sonora do Olimpo, mais como nem tudo são flores o post foi removido, daí resolvi postar um bootleg da turnê do Exile, e estava entre dois álbuns, o triplo American Exile e esse, confesso que por ser somente um disco esse ganhou rs, mais ainda posto o American.
Essa época com Mick Taylor na guitarra foi excepcional, grandes arranjos, solos e uma combinação fantástica com Keith, que cuidava mais dos riff e bases e Taylor dos solos, a banda toda está afiada e mandando muito bem, com o auxílio dos metais e teclados.

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The Cult - Sonic Ceremonies (1991)

Esse é um bootleg da turnê de 1991 e traz um apanhado dos três últimos álbuns do The Cult, que são excelentes, ele foi gravado na Alemanha, em cd duplo. Embora com Ceremony, o Cult tenha encerrado um ciclo, o fez de forma brilhante, pois nessa turnê, juntou os singles de Love, Electric, Sonic Temple e Ceremony, num setlist matador e mesmo com Ian Astbury com problemas com a bebida, ainda canta muito e Billy Duffy é um guitarrista de primeira.

The Cult - Sonic Ceremonies


domingo, 1 de junho de 2014

California Breed - California Breed (2014)

Seguindo a linha hard rock do post anterior, trago o disco do California Breed, nova banda do Glenn Hughes e Jason Bonhan, depois do fim do BCC e confesso que achei melhor o California Breed ao Black Country Communion, aqui vai a resenha do site Whiplash.
Resenha Igor Miranda Whiplash
Fiquei muito chateado quando o Black Country Communion encerrou as atividades. Não só pelos dois álbuns que a banda apresentou antes da informação pipocar, mas também porque o terceiro, Afterglow, que já chegou com um gosto amargo (os fãs já sabiam do fim quando o trabalho foi lançado), é o melhor disco do quarteto sem sombra de dúvidas.
Eis que Glenn Hughes e Jason Bonham, ex-integrantes do Black Country Communion, retornaram com força total no California Breed. A proposta é um pouco diferente e até mais versátil. Acompanhados do jovem guitarrista Andrew Watt, os músicos apresentam algo um pouco mais sujo por aqui - em contraponto à finesse de Joe Bonamassa e Derek Sherinian, que completavam o BCC.
O álbum de estreia do California Breed reforça dois pensamentos que eu já tinha. O primeiro é que Glenn Hughes era, realmente, a força motriz do Black Country Communion. Não é para menos: a experiência de mais de 40 anos do cara mostra que ele dispensa comentários. Além da direção artística, a parte da performance é incrível: toca muito e canta como ninguém nesta idade. O segundo é que Jason Bonham já deixou de ser "filho de John Bonham" há um bom tempo. Mas aqui ele se supera.
Para a nova empreitada, Andrew Watt parece ter dado o seu toque. Tenho a impressão de que a sujeira positiva no som é algo da assinatura dele. Sujeira positiva porque, apesar do estilo mais embrulhado de se tocar, Watt é um excelente músico. É possível entender cada nota que ele reproduz. A ausência de teclados, presentes no Black Country Communion, contribui para o peso.
"The Way" abre o álbum de forma pesada. Densa. Insana. Os riffs viscerais, a boa performance de Jason Bonham e o feeling na voz de Glenn Hughes são os atrativos. "Sweet Tea" tem uma pegada classic rock. Refrão grudento e progressão típica. O destaque é a guitarra de Andrew Watt. "Chemical Rain", um pouco mais alternativa e levemente psicodélica, volta a mudar a atmosfera do disco. Apesar de não ter a sofisticação de Joe Bonamassa, é o momento do trabalho que mais lembra o Black Country Communion - provavelmente por conta dos teclados, aqui tocados por Mike Webb. Show vocal de Hughes.
"Midnight Oil" tem um pé fincado no rock da década de 1970. O swing da bateria de Bonham é o chamariz inicial da canção, que cresce no refrão, com participação de vozes femininas. A calma "All Falls Down" conta com a boa performance vocal de Glenn Hughes e um solo arrebatador de Andrew Watt. O garoto é uma revelação. "The Grey" resgata a visceralidade da faixa de abertura do disco. Os berros de Hughes durante o refrão fazem o ouvinte ter vontade de gritar também. Simplesmente sensacional.
"Days They Come" é contemporânea pela tonalidade e progressão melódica. No entanto, alguns momentos mostram influências das décadas de 1960 e 1970. Contraditório? Só ouvindo para entender. O riff de "Spit You Out", música cantada por Andrew Watt, é bem alternativo, mas o refrão é totalmente classic rock. Uma espécie de solo apresenta psicodelia, em contraponto à simplicidade do resto da canção. Faixa básica e divertida.
"Strong" seria um pop rock se não fosse a bateria de Jason Bonham e as palhetadas de Andrew Watt ao estilo 'pancada' no violão. "Invisible" é um misto de doom e rock progressivo. Arrastada e pesada, tem alguns momentos de estruturas melódicas mais elaboradas - mas nada virtuose. Ponto fraco. "Scars" lembra os momentos mais diretos do Black Country Communion, pelo estilo de riff. A guitarra é o destaque.
"Breathe" é uma digna power ballad com influência setentista. Mesmo com a entrada da bateria, não perde a melodia. A canção fecha o disco de forma soberba e honrosa. A bônus "Solo" dá um complemento final com muito peso na cozinha, na batida ágil e nos riffs. Apesar do resultado do disco ser ótimo, acho que faltaram algumas canções como está.
O debut do California Breed dificilmente sairá da minha lista dos cinco melhores de 2014. Discos muito bons precisam ser lançados para desbancar o novo projeto de Glenn Hughes, Jason Bonham e Andrew Watt. A banda veio para ficar.

Glenn Hughes (baixo, vocais)
Andrew Watt (guitarra)
Jason Bonham (bateria)

01. The Way
02. Sweet Tea
03. Chemical Rain
04. Midnight Oil
05. All Falls Down
06. The Grey
07. Days They Come
08. Spit You Out
09. Strong
10. Invisible
11. Scars
12. Breathe
13. Solo


California Breed

sábado, 31 de maio de 2014

Coverdale & Page - Don't Leave Me This Way (1993)

Esse bootleg foi gravado durante a turnê no Japão para divulgar o cd gravado por Jimmy Page e David Coverdale, em 1991; eles estavam na mesma gravadora e numa situação bem parecida, Page tinha lançado um cd solo em 1988 e estava sem projetos e Coverdale andava decepcionado com a cena hard rock, na qual transitava com seu Whitesnake. Isso fez com que David Geffen, presidente da gravadora dos dois, sugerisse uma união e quem sabe produzir alguma coisa juntos.
Os dois se encontraram e começaram a compor juntos no estúdio caseiro do Page e entusiasmados com o resultado, firmaram um contrato para a gravação de um cd, tudo isso no mais completo sigilo, juntaram um grupo de músicos e gravaram o disco que se chamou Coverdale Page. O disco foi gravado em 1991, mas só lançado em 1993 e para promover o cd, foram para uma turnê no Japão, fazendo shows em várias cidades, esse bootleg é do show em Nagoya, 22/12/1993, que foi o último show deles.
Para os shows, além das músicas do cd, tinha claro canções do Led Zeppelin e do Whitesnake, o que resultou em um deleite para os fãs das duas bandas, Page se mostrava em boa forma, voltando a tocar muito e Coverdale sempre foi um excelente cantor, infelizmente essa parceria não rendeu mais frutos, logo após a turnê pelo Japão a dupla se desfez, mais deixando um belo trabalho como resultado dessa união.

Coverdale & Page - Don't Leave Me This Way


quarta-feira, 21 de maio de 2014

Peso - Em Busca Do Tempo Perdido (1975)

Conheci essa banda através de um amigo que me mostrou o vinil e quando a agulha passava pelos sulcos do disco me deixava completamente pasmo e apaixonado pelo PESO e me fazia recordar da música "Não Fique Triste" balada que tocava nas rádios que eu escutava quando adolescente.
Banda brasileira dos anos 70, que gravou apenas um LP e entrou para a história do Rock Brasil, em 1975 participaram do festival Hollywood Rock e gravaram esse disco, simplesmente fantástico, um blues rock de primeira grandeza.
Em Busca do Tempo Perdido foi lançado em 1975, com uma qualidade comparável as grandes bandas de rock internacionais, como o Led ou o Sabbath, aliás a banda bebia na mesma fonte do Led, rocks furiosos e baladas apaixonantes. Embora seja um disco dos anos 70 é muito bem gravado, produzido e principalmente bem tocado.
"Sou Louco Por Você" abre o disco num rock n' roll de primeira, com toda banda mostrando seu cartão de visita e um solo de guitarra dos bons; "Não Fique Triste" é uma balada com violões e piano/orgão, mais sem nenhum solo, grande hit; "Me Chama De Amor" outra baladona, com um coro no refrão e teclados, essa sim com um solo de guitarra magnífico.
"Só Agora (Estou Amando)" volta ao rock com o piano e a guitarra dando o tom da canção e de novo vocais no refrão e um solo de harmônica; "Eu Não Sei De Nada" começa como um blues, mais parte para um instrumental bem psicodélico, e o Luiz Carlos Porto cantando demais; "Blues" como o nome diz é um blues cadenciado, bem zeppeliano, com piano e gaita e um solo arrasador de guitarra.
"Lucifer" rock pesado com destaque novamente para os riffs e solos de guitarra, mais o baixo marcando o ritmo e o vocal; "Boca Louca" outra pedrada, rockão, guitarreiro, riffs e solos, mais um show do Porto nos vocais; "Cabeça Feita" é ao vivo e a banda toda mostrando seu poder.
"Em Busca Do Tempo Perdido" dá nome ao disco e o encerra de forma brilhante, com violões e Porto arrasando no vocal.
Como bônus tem duas músicas, "Pente" gravada por Luiz Carlos Porto e tem como tema a maconha; e "Suzi" balada romântica, confesso que acho as duas fracas.
Coloquei para download a versão remasterizada pelo Museu do Disco em 2009 e lançado em cd.

Peso - Em Busca Do Tempo Perdido


terça-feira, 13 de maio de 2014

Jeff Beck Group - Thruth (1968)

Jeff Beck não é um dos meus guitarristas favoritos, gosto de alguns álbuns, mais isso não tira dele o grande guitarrista que é, gosto muito do início com o Jeff Beck Group, que tinha Rod Stewart cantando muito e Ron Wood no baixo. O primeiro disco Truth é muito bom, com um clima psicodélico, mais muita guitarra no talo e Rod arrassando nos vocais, bem diferente do que anda gravando de uns tempos para cá.
Segue parte da resenha publicada na revista BIZZ 31, em fevereiro de 1988, escrita por Celso Pucci.
O disco começa com a paulada de "Shapes Of Things", um hit dos Yardbirds rearranjado por Jeff. Continua com "Let Me Love You", um blues de Rod, no qual voz e guitarra travam um inesquecível diálogo que parece se estender na balada "Morning Dew". Seguem-se o blues "You Shook Me", de Willie Dixon, recomendado por Beck para se ouvir furioso ou chapado, e a pungente interpretação de "Ol´ Man River", com Jeff no baixo e John Paul Jones, futuro baixista do Zeppelin, no órgão.
"Greensleeves", uma famosa canção tradicional, serve de prelúdio ao outro lado do LP, numa sutil intervenção acústica. Na sequência, "Rock My Plimsoul" - uma música de Rod que já havia sido lançada anteriormente, aqui numa regravação aprimorada - e "Beck´s Bolero", um memorável número instrumental de autoria de Jimmy Page, envolto numa sinfonia de guitarras e violão. Depois, "Blues Deluxe", uma preciosa gravação ao vivo pontuada pela técnica e o feeling dos solos de Jeff Beck e Nicky. Para encerrar, "I Ain't Superstitious", outra do bluesman Dixon, na qual Beck confessa em suas próprias palavras (e notas musicais) ter se apropriado dos riffs de outra fera do blues, Howlin' Wolf.

Jeff Beck Group - Thruth

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Van Halen - Detroit Live 1986

Esse é um bootleg duplo da primeira turnê do Van Halen com Sammy Hagar nos vocais, após eles lançarem o 5150, que se tornou o primeiro álbum de banda a se tornar o número #1 das paradas norte-americanas e teve singles bem sucedidos como "Dreams" e "Why Can't This Be Love?". Eu particularmente prefiro a fase com Sammy nos vocais e pelos discos que gravaram, fica claro um amadurecimento musical que culminou com Balance, último de inéditas que gravaram juntos.
Sammy Hagar é constantemente acusado de tornar o Van Halen mais pop, o que é injusto pois todos sabem que Eddie é o DONO da banda e quem decide seu caminho musical, e ainda se pegarmos a carreira solo do Sammy com a do Van Halen depois que ele saiu, teremos uma grande vantagem musical de Hagar; bom mais vamos ao que interessa, a música do Van Halen.

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Curtis Mayfield - Live In Europe (1987)

Essa postagem é em homenagem ao Dead or Alive do Som Mutante, http://sommutante.blogspot.com.br/ , que faleceu mês passado e foi um grande incentivador para eu prosseguir/fazer esse blog, além de me fornecer/baixar grandes pérolas musicais que ele postava, como esse do Curtis ao vivo, soul na veia.

Curtis Mayfield - Live In Europe

quarta-feira, 23 de abril de 2014

ZZ Top - Live From Texas

Esse é um cd ao vivo, gravado no Texas que cobre toda a carreira do trio texano, trio esse conhecido como "That Little Ol' Band from Texas". O disco cobre toda a carreira da banda e como é um cd simples muita coisa ficou de fora, mais mesmo assim é um bom aperitivo para se conhecer o som dos caras.
O início é com 3 petardos, "Got Me Under Pressure" é um boogie delicioso, o instrumental impecável e solo de um dos maiores guitarristas do mundo, Billy Gibbons; "Waitin' For The Bus" e "Jesus Just Left Chicago", são dois clássicos do disco Tres Hombres e são uns blues arrastados e com belos solos. "I'm Bad, I'm Nationwide" outro blues pesado; "Pincushion" já é uma música anos 90 do álbum Antenna, com um clima mais dançante; "Cheap Sunglasses" outra porrada, pesadona, com uma bela batida de bateria a cargo de Frank Beard; "Pearl Necklace" é safada, sexy, mais um solo magistral de Gibbons e com um ritmo pesado.
"Heard It On The X" um blues/rock agitado cantado pelo Gibbons e por Dusty Hill; "Just Got Paid" outro clássico, pesado e com Billy detonando na guitarra; "Rough Boy" é uma balada dos anos 80, com longo solo de guitarra, já apresentava uma mudança musical no ZZ Top.
"Blue Jean Blues" lenta, pesada e a guitarra dando o ritmo com um solo no final; "Gimme All Your Lovin'" clássico anos 80, clip na MTV e um riff que não sai da cabeça; "Sharp Dressed Man" balançada, outro riff e solo de Gibbons clássico e com uma batida do Beard muito boa.
"Legs" continua na pegada anos 80 com o riff bem característico e solo curto; "Tube Snake Boogie" riff pesado, rápido com a voz bem ao fundo; "La Grange" mais um clássico com Gibbons dando um show nos riff e solo.
"Tush" essa quem canta é o baixista Dusty Hill, mais Gibbons arrasa na guitarra mais uma vez e como bonus vem a faixa "Foxey Lady" de Jimi Hendrix que ficou excelente.
Esse áudio é retirado do Dvd e portanto tem mais músicas que o cd.

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domingo, 13 de abril de 2014

The Beatles - A Collection Of Beatles Oldies (1966)


Essa coletânea dos Beatles foi meu primeiro vinil quando eu tinha 10 anos, e até hoje escuto ele mesmo que em mp3. Cobrindo os sucessos dos Beatles de 1963 até 1966, e com uma das minhas preferidas embora não seja da dupla Lennon/McCartney, que é "Bad Boy"; escutava tanto esse disco que tive que comprar uma segunda cópia, é muito bom.
Nesse disco é bem perceptível o amadurecimento da banda, das canções simples do começo de carreira para uma sofisticação que atingiria o ápice em Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band.
Disco bem difícil de achar portanto aproveitem.


The Beatles - A Collection Of Beatles Oldies


B.B. King & Eric Clapton - Riding With The King (2000)

Discaço dessas lendas do blues, com B.B. de astro principal e com a banda do Clapton em arranjos impecáveis. Como não tem a banda do Rei, os arranjos tem como destaque as guitarras e sem os metais dos discos de B.B. King com licks e solos bem executados, a banda de Eric Clapton brilha e dão aos dois guitarristas a cama para solarem.
A música "Riding With The King" abre o disco e é magistral, sendo bem identificado os licks de cada guitarrista, e fazendo um blues agitado e potente e tendo os vocais divididos, o disco é dividido em faixas mais balançadas e outras arrastadas e mesmo com o destaque de King, Clapton também brilha e muito em canções como "Marry You" e "I Wanna Be", duas faixas de Doyle Bramhall II, guitarrista do Arc Angels e da banda de Eric Clapton, duas faixas bem blues/rock, com a guitarra em destaque tanto nos licks quanto nos solos.
"Ten Long Years", "Key To The Highway" e "Three O'Clock Blues", são blues lentos, apaixonados e "Help The Poor" é outra canção com os vocais divididos entre os guitarristas; já "Worried Life Blues" gravado anteriormente por Eric em Just One Night, agora com violões e as lendas duelando nos vocais e violões com um belo solo de Clapton.
"Days Of Old" é um balanço irresistível, dançante e os dois solando e cantando e um backing feminino delicioso; "When My Heart Beats Like A Hammer" B.B. cantando com um piano acompanhando sua voz nesse blues lento, de bar esfumaçado e com um copo de whisky na mão; "Hold On, I'm Comin'" canção que lembra "Riding On The King", mas com destaque de Clapton e os solos juntos; pra finalizar "Come Rain Or Come Shine", B.B. e Eric cantam essa canção bem intimista tocando suas guitarras e fecham com chave de ouro esse disco maravilhoso.

B.B. King & Eric Clapton - Riding With The Blues

domingo, 30 de março de 2014

Sammy Hagar - Unboxed (1994)

Essa é uma coletânea do Sammy Hagar, lançada em 1994, com vários sucessos e duas músicas inéditas. Gosto muito do Van Halen, principalmente da fase com Sammy, e nesse álbum podemos ouvir músicas do início de carreira do vocalista.
As duas primeiras músicas são inéditas, "High Hopes" e "Buying My Way Into Heaven", com a cara do Van Halen, pesadas e guitarras em primeiro plano; "I'll Fall In Love Again" quase uma balada, com a guitarra de Hagar levando a canção; "There's Only One Way To Rock" outra com a cara no Van Halen, aliás cantada por eles nos shows quando o Sammy entrou na banda.
"Heavy Metal" é pesada como o nome e bem ritmada, tem um belo solo; "Eagles Fly" é uma balada maravilhosa, também foi tocada no Van Halen, conduzida no violão e teclados; "Baby's On Fire" hard rock típico com outro belo solo.
"Three Lock Box" um dos clássicos de Sammy com um puta solo de guitarra; "Two Sides Of Love" uma canção balançada bem AOR anos 80; "I Can't Drive 55" maior clássico de Sammy é um hard acelerado típico de estrada, com riffs e solo; "Give To Live" outra balada, bem romântica; "I Don't Need Love" grande canção, acelerada, pesada. guitarra pesada levando a música, com solo no final.

Sammy Hagar - Unboxed

quarta-feira, 26 de março de 2014

Albert King - Blues For Elvis King Does The King's Things (1970)

Mais um King, aliás dois, Albert King e Elvis Presley, o guitarrista gravou um disco com releituras do Elvis, com muito blues e balanço. Não vou fazer uma resenha de cada música, são clássicos, que ganharam uma releitura bem soul, com metais e um baixo marcando o ritmo, cortesia da produção de Donald "Duck" Dunn que já tocou com muita gente boa e a guitarra de King em solos marcantes.

Albert King - Blues For Elvis

domingo, 9 de março de 2014

Arc Angels - Arc Angels (1992)

Essa banda eu descobri através da revista Bizz em 1992, gostei da resenha e procurei pelas lojas de discos de Porto Alegre, até que achei numa loja na Independência, a Megaforce, que era especializada mais em heavy metal. Quando coloquei o cd no aparelho, aliás um dos primeiros cd's que comprei, pois prefiro vinil, foi amor a primeira escutada, duas guitarras assim como os Stones mas com uma levada bem mais blues e dois cantores, Doyle Bramhall II e Charlie Sexton, juntos com a cozinha do Stevie Ray Vaughan, Chris Layton e Tommy Shannon, destilando uma música de qualidade.
Abre com "Living In A Dream", que é o cartão de visita da banda e seu maior hit, com Doyle e Charlie dividindo os vocais, algo que eles fazem em várias canções desse cd, um blues com uma melodia que gruda e um solo bem feito por Doyle, que aliás é canhoto mais não inverte as cordas das guitarras; "Paradise Cafe" tem um ritmo mais malemolente, sensual, tambem com os dois no vocal, ótima canção; "Sent By Angels" é um blues lento, apaixonado, com Doyle nos vocais e o orgão de Ian McLagan.
"Sweet Nadine" balada agora do Sexton com uma batida forte de Chris Layton e um bom refrão; "Good Time" é um blues funkeado do Doyle, com a cozinha descendo a mão e um solo cheio de swing e wah-wah; "See What Tomorrow Brings" é uma homenagem do Doyle para Stevie Ray Vaughan, simplesmente emocionante e com o melhor solo do cd.
"Always Believed In You" novamente com a divisão dos vocais é um blues acelerado, na veia e um solo dividido entre os dois guitarristas; "The Famous Jane" mais uma balada de Sexton, com boas guitarras; "Spanish Moon" é bem pesada com Doyle e Sexton dividindo riff, solos e vocais.
"Carry Me On" só com Doyle tem um ritmo com balanço, dançante e boas guitarras; "Shape I'm In", outro hit com um ritmo anos 50 é uma porrada, vocais divididos; "Too Many Ways To Fall" assim como a primeira canção do cd, essa fecha com chave de ouro, uma pedrada, forte, pulsante, vocal do Charlie e guitarras saturadas e um solo do Doyle apaixonante.
Esse é um dos meus cd's de cabeceira e merece ser ouvido a exaustão.

Arc Angels - Arc Angels


Lynyrd Skynyrd - Gimme Back My Bullets (1976)

Adoro Southern Rock e portanto o Lynyrd Synyrd, e não tenho essa coisa de prefiro Ronnie ou Johnny ou é melhor antes do acidente ou depois, para mim é tudo Lynyrd Skynyrd. É difícil dizer qual o melhor disco deles e por um bom tempo fiquei entre postar esse ou o God & Guns, ou então o ao vivo One More From The Road, mais a verdade é que sendo Skynyrd o que colocar na agulha é bom, achei uma ótima resenha do site Southern Rock Brasil, ouça com som bem alto.
O Gimme Back My Bullets é o único álbum da formação clássica do Skynyrd a possuir o nome de uma das faixas. Chamo de "formação clássica" e não "formação original" por que nessa altura, Ed King e Bob Burns já não faziam parte do grupo. O guitarrista, compositor de "Sweet Home Alabama" abandonou a banda após a Torture Tour, uma turnê muito longa e regada a muita droga e bebida. King disse sobre a turnê: "As coisas estavam saindo do controle e eu saía do controle junto com elas, eu não me orgulho da forma como sai, mas foi necessário, estava começando a ter problemas com o empresário e problemas internos com a banda". Então, Ed King deixou a banda assim como o baterista Bob Burns, havia feito tempos antes. Assim, Gimme Back My Bullets é o primeiro registro de Artimus Pyle na cozinha do Skynyrd.
Após a saída de King, o Lynyrd Skynyrd excursionou pela Europa, mas a banda andava tendo problemas com seus técnicos e empresário, a solução encontrada por todos era simples, substituí-los. A banda trabalhava com Al Kooper, que produziu o Second Helping e o Nuthin’ Fancy. Embora tenha tido certo sucesso comercial, Nuthin’ Fancy foi claramente o álbum mais fraco do Skynyrd, mas não por suas músicas, mas sim pelo seu trabalho de mixagem e produção. Como a Rolling Stone descreveu: "O álbum é desajeitado em comparação as suas atuações ao vivo das mesmas músicas". Assim, a banda dispensou Kooper e chamou Tom Dowd.
Dowd, um produtor que já havia trabalhado com Otis Redding, Cream, Allman Brothers e Eric Clapton, teria se interessado em trabalhar com o Skynyrd, pois "ele queria fazer conosco no estúdio o que ele não conseguia com o Allman Brothers" disse Leon Wilkeson. O fato é que o Gimme Back My Bullets é uma obra do Skynyrd com o Dowd, sem a contribuição do produtor, dificilmente o disco teria o sucesso que teve. Principalmente por que praticamente todas as músicas foram compostas no estúdio, sob a 'supervisão' de Tom Dowd.
A primeira faixa é "Gimme Back My Bullets". Com um poderoso riff de guitarra, a canção se tornou um dos hinos do Southern Rock. Com os solos alternados a bateria acentuada e um órgão segurando o refrão fácil de lembrar, a música rapidamente fica na memória. Por um curto tempo a canção ficou fora dos shows do Skynyrd, pois o público – principalmente nos estados sulistas – lançavam balas de diversos calibres no palco sempre que Ronnie anunciava a canção, assim, temendo que as balas fossem enviadas de outra forma, a música ficou temporariamente banida das apresentações do Lynyrd Skynyrd.
"Every Mother Son" é uma daquelas faixas em que você percebe a importância de Billy Powell para a banda. Uma bela balada sobre a vida e como ela muda, um conselho de quem já viu muitos caírem. Uma harmonia tranquila, com um lindo solo de guitarra do Allen Collins seguido pelo piano de Powell.
A terceira faixa, "Trust", vem com um riff dos que você só ouve com o "velho Lynyrd". A música é basicamente um belo conselho sobre a vida e o amor, ela diz, "não confie em ninguém, não diga a sua mulher que você a ama, pois é quando seu problema começa".
"I Got The Same Old Blues" é uma versão mais 'root' de uma canção do J.J Cale. O Skynyrd já havia gravado uma música de Cale no Second Helping mas, diferente de "Call Me The Breeze", "I Got The Same Old Blues" não é uma Road Music. O Skynyrd transformou a música de um country-blues suave em um rock-blues mais pesado, com destaque para o belo slide de Gary Rossington e o solo de gaita, além do riff no teclado.
"Double Trouble" é a quinta faixa. Com um rock'n'roll bem sulista do tipo que só se ouve nos anos setenta. Bem trabalhado nos riffs de guitarra, sobre um "cowboy badass" encrenqueiro falando sobre as verdades da vida, e de seu apelido "problema em dobro, é como meus amigos me chamam". A faixa seguinte é "Roll Gypsy Roll", com um suave riff no violão e um solo de guitarra – aparentemente do Gary – a canção canta sobre a vida na estrada, as dificuldades e insatisfações que nem mesmo o dinheiro ("I made lots of money, Just how much I don’t Know"), as mulheres ("Met many a woman on my way down the line) e as drogas (But most the Money I done, stuck on my nose") eram o suficiente.
A sétima faixa é "Searching", um eletrizante rock'n'roll com um trabalho fenomenal nos solos alternados entre Gary Rossington e Allen Collins que finalizam o solo juntos. Talvez seja esse o motivo de em 1976, esta música ter sido um dos singles do único disco ao vivo da formação clássica do Skynyrd, o One More From The Road. O solo de "Searching" é perfeito para apresentações, aliás, a música como um todo é.
"Cry For The Bad Man" vem em seguida. O Lynyrd Skynyrd sempre trabalhou com músicas simples, poucos acordes e tudo mais, a diferença é que os músicos eram muito competentes, e, embora trabalhasse com poucos acordes usavam diversos riffs, e talvez seja esse o grande diferencial da banda, não haviam tantos efeitos, trabalhavam com um som um pouco mais limpo do que se tem hoje em dia – talvez essa "sujeira" seja influência do rock dos anos 80 e 90. O fato é que "Cry For The Bad Man" retrata isso perfeitamente, a música em si, possui cerca de 4 ou 5 acordes, no entanto é trabalhada com solos e riffs de uma forma magnífica.
Fechado o álbum vem "All I Can Do Is Write About It". Uma leve baladinha com pitadas de country sobre a vida e as mudanças dela. A música tem sua base no violão e no piano, que posteriormente abre em um bonito solo. E mais uma vez, o Skynyrd marca o seu orgulho sulista cantando sobre as belezas do sul. Em 1991 essa faixa reaparece no CD 2 do Lynyrd Skynyrd Box Set, no entanto, aqui ela aparece completamente acústica, um lindo registro de uma linda canção, uma das mais tocantes do Skynyrd.
No fim das contas o Gimme Back My Bullets foi um marco para o Lynyrd Skynyrd, a participação do Tom Dowd no álbum lembrou aos membros da banda do que eles podiam fazer, a banda se levantou de forma magnífica. "Transformou a chuva em sol" teria dito Allen Collins, sobre Dowd. E "falando materialmente, acho que é o nosso melhor trabalho, pelo menos o melhor de mixagem", sobre o álbum.
"Nós sempre fomos pesados e sujos, decidimos fazer um álbum mais limpo, o conteúdo era bom, era tão... refinado" teria dito Ronnie, também sobre o álbum. Em 1999 o disco ganhou um remixagem e mais duas faixas, as versões ao vivo de "Gimme Back My Bullets" e "Cry For The Bad Man", ambas gravadas em 1976 na cidade de São Francisco, Califórnia.

Lynyrd Skynyrd - Gimme Back My Bullets

segunda-feira, 3 de março de 2014

The Jeff Healey Band - Mess Of Blues

https://hotfile.com/dl/257144885/0aeb0b6/Robert_Plant_-_1993_-_Fate_Of_Nations.rar.html
Último disco desse grande guitarrista canadense e cego, que morreu antes de lançarem esse CD. Uma volta ao blues depois de lançar alguns discos de jazz, sua outra paixão. As músicas apresentadas aqui são grandes clássicos como, "Like A Hurricane", de Neil Young, outros destaques são "Sittin’ On Top of The World", "Shake Rattle And Roll" e "I'm Tore Down".
Já gravado por Eric Clapton no disco From The Cradle, "I'm Tore Down" é ao vivo e matadora, com um solo de piano dos bons, mais o solo do Jeff na mesma medida; "How Blue Can You Get", gravado por B.B. King, marcada pela guitarra, novamente com um solo agora de orgão e licks mais jazísticos de Healey, também ao vivo; "Sugar Sweet" balanço dos bons, com a guitarra marcando o ritmo junto ao teclado, outro solo inspirado.
"Jambalaya" cantada pelo baixista Alec Fraser é um boogie woogie delicioso;"The Weight" canção do grupo The Band, um clássico; "Mess Of Blues", gravada por Elvis Presley nos anos 60, tem novamente os teclados e a guitarra marcando a canção.
"It's Only Money", outro boogie, cantado pelo tecladista Dave Murphy e com solo dele; "Like A Hurricane", cover de Neil Young, mantém a estrutura original da canção, brilhando de novo os teclados, mais um ótimo solo de Jeff Healey, também ao vivo como a próxima; "Sittin' On Top Of The World", um folk blues dos anos 30, com um solo delicado de Healey.
O final tem "Shake, Rattle And Roll", gravada por muitos artistas, entre eles Elvis, outro boogie para sair dançando e com solos de piano e guitarra.

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Aerosmith - Pump (1989)

Pump foi o décimo álbum da carreira do Aerosmith e lançado no ano de 1989. Foi a retomada do sucesso após um período de baixa, várias músicas fizeram sucesso e com clipes na MTV, como "Love In A Elevator", "The Other Side" e "Janie's Got A Gun".
E como achei ótima essa resenha, estou copiando, ela foi publicada no blog Roque Veloz:
1 – Young Lust (Perry, Tyler, Jim Vallance) – 4:18  4,5 /5
A canção não chega a perfeição, mas por muito pouco. Felizmente "Young Lust" abre de uma maneira ótima o álbum. Sua introdução enérgica anima o ouvinte contagiado pelas baquetas alucinadas de Kramer na caixa. Steven logo na primeira canção mostra seu poder vocal, atingindo notas altas como poucos. O refrão da canção não é maravilhoso, não tendo algo magnífico em sua composição, mas de todo a canção ainda permanece agradável, principalmente quando em alguns momentos o peso cai, mostrando o poder de criação da banda. Boa abertura!
2 – F.I.N.E. (Perry, Tyler) – 4:09 5/5
Joe Perry  e Steven Tyler, uma das duplas mais fodas da história do rock 'n' roll, uma relação de amor e ódio. Quando se vê somente o nome dos dois na composição de uma canção, a expectativa perante a ela aumenta e muito. E felizmente "F.I.N.E." consegue fazer jus a essa expectativa. Diferente da música anterior, um clima mais calmo pode ser notado, uma cadência dada por uma bateria mais suave e uma linha de baixo menos notável e simples, fazem parte do enredo da 2ª faixa. Considero "F.I.N.E." uma das melhores do álbum, tem uma boa letra e melodia. Esta é uma canção que cantada por Tyler fica ótima, mas não imagino ela sendo cantada por ninguém, simplesmente funciona com Tyler, mas não funcionaria com ninguém mais. Vale ressaltar também o refrão que é bom! Pump começava a jogar para fora seus clássicos!
3 - Going Down – 0:17 / Love In An Elevator (Perry , Tyler) – 5:21 5/5
O último álbum da banda havia sido feito pelos membros totalmente limpos de qualquer tipo de droga, totalmente sóbrios. Pump também contava com essa façanha, após se internar em uma clínica de recuperação anos antes Steven Tyler permanecia limpo, talvez isso o ajudasse nas composições e aqui havia outro clássico composto por ele e Perry. A introdução da 3ª faixa contava com "Going Down", uma faixa introdutória de 0,17 segundos que se inicia cheia de efeitos. "Love In An Elevator" é uma faixa direta que conta com uma bela apresentação de Tyler nos vocais, sua voz potente é muito ajudada pelos backing vocals. Gosto bastante dessa faixa, aqui Joe Perry começava a dar seu espetáculo, já conhecido pelos fãs, seu solo é sólido e bom, dura boa parte da canção. "Love In An Elevator" tem um refrão muitas vezes repetido, mas curiosamente não enjoa, mantém uma boa qualidade no álbum após as duas primeiras canções! A letra pode soar boba e fraca, mas fica em segundo plano! Vale ressaltar o uso de teclados muito evidentes aqui, tocado por Steven, algo um pouco raro de se ver nas canções da banda, mas o instrumento só aumentou os pontos da canção, não prejudicando-a.
4 – Monkey On My Back (Perry, Tyler) – 3:57 4/5
A letra de "Monkey On My Back", pode ser considerada a mais severa e forte do álbum, por se tratar de alcolismo e drogas, no documentário The Making Of Pump ( Documentário sobre um making of do álbum) Tyler diz um pouco sobre a letra em si. A canção em seus segundos iniciais traz um experimentalismo à banda americana, não é uma introdução que me agrada ao máximo. Mas felizmente os segundos passam e a introdução vai ficando para trás, a bateria de Kramer entra e dá um peso característico para a música que possui uma ótima batida. A canção inteira não exige muita coisa da voz rasgada de Tyler, e se comparada as duas ótimas anteriores pode até soar simples, sem aquele solo de guitarra memorável e sem aqueles agudos típicos de Tyler. Todavia essa falta de componentes memoráveis não faz da faixa uma péssima música. Agrada!
5 – Water Song 0:10/ Janie’s Got A Gun (Raine-Reusch, Tyler, Hamilton) – 5:38 5/5
Aqui chegamos ao ápice do trabalho. A 5ª faixa viria para concretizar o ótimo retorno da banda aos estúdios. "Janie’s Got A Gun" foi lançada como segundo single de Pump e detonou nas paradas do mundo inteiro, a música é aquela típica conhecida por todos os tipos de pessoas, que gostam desde o samba até o sertanejo, aliás algo que o Aerosmith consegue fazer muitas vezes com algumas de suas faixas, atire a primeira pedra se você nunca viu um forrozeiro ou sei lá um pagodeiro que não goste de uma música dessa banda americana. Graças a "Janie’s Got A Gun" o Aerosmith ganhou seu primeiro Grammy, um momento histórico e memorável para a banda, como disse Joe Perry. Os 10 segundos iniciais, da faixa introdutória "Water Song" é trabalho do multi instrumentalista Raine-Reush e passa muito rapidamente. Alguns segundos depois a bateria de Kramer produz um som muito parecido com um canhão enquanto Tyler canta de maneira suave na introdução, um dos melhores momentos do álbum sem a menor dúvida. Logo nos momentos iniciais a música já merecia uma avaliação máxima, mas o refrão chega para aumentar ainda mais a admiração do ouvinte perante a música, simplesmente fantástico. Steven Tyler mostra porque é considerado um dos melhores frontmans da história interpretando a música de forma única e tocando uma linha de teclado perceptível e essencial. Perry dá graças de sua existência tocando um solo divino e difícil de ser esquecido até o fim do álbum. Clássico dos clássicos dos clássicos da banda! Estupenda! Destaque para Kramer, Tyler e Perry em uma de suas melhores apresentações!
6 – Dulcimer Stop 0:49 / The Other Side (Raine-Reusch, Tyler, Vallance, Holland – Dozier -Holland) – 4:56 5/5
Outro trabalho de Raine-Reush, num misto de sons estranhos na faixa introdutória nomeada como "Dulcimer Stop", os 50 segundos dessa vez são mais aparentes e perceptíveis do que no trabalho anterior, "Water Song", onde o multi-instrumentalista tocou somente 10 segundos. Após seu showzinho particular o 4º single começa, em uma das melhores introduções do álbum, com um trompete estupendo e contagiante que contrasta com uma belíssima linha de baixo de Hamilton… Os backing vocals são notados desde o início da canção e estão muito presentes, cantando de uma boa forma, dando uma vontade a mais para fazer o ouvinte soltar a voz nessa ótima faixa. Os instrumentos de metais aqui utilizados estão estupendos e trazem um peso a mais para a música, que sem eles não seria  tão empolgante! Belíssima e grudenta, chiclete e clássica!
7 – My Girl ( Perry, Tyler) – 3:10 4/5
Uma canção digamos, mais despretensiosa e musicalmente mais simples que o restante. "My Girl" não se torna incrível por estar presente em um álbum com músicas de mais qualidade e mais sofisticadas do que ela. Destaco aqui Hamilton com uma bela linha de seu baixo e o bom refrão, algo que os americanos do Aerosmith sempre sabem fazer. É por mim considerada uma das piores do álbum, mas não por sua limitação musical, mas sim por suas concorrentes extremamente mais qualificadas. Ouso a dizer que se fosse lançada nos dois primeiros álbum do Aerosmith gravado na década de 80 (Rock In A Hard Place ou Done With Mirrors) até faria sucesso, pois naqueles álbuns a qualidade era algo que não existia, todavia foi lançada em Pump, e isso faz dela uma canção comum na auditória do álbum!
8 – Don’t Get Mad, Get Even ( Perry, Tyler) – 4:48 5/5
Sabe o que deveríamos fazer nessa música? Nos ajoelhar e aclamar Steven Tyler. O cara além de cantar pra caralho, soltando agudos incríveis, ainda toca gaita de maneira estupenda. "Don’t Ged Mad, Get Even" é indiscutivelmente uma das grande músicas de Pump, percebe-se em sua audição o quanto a banda trabalhou nela. A primeira parte é suave, com a guitarra em um swing descaracteristico de Joe Perry e Brad Whitford e as baquetas cadenciadas de Kramer, chega a assustar.  A introdução passa e explode o peso… O refrão é o nome da música cantada de modo estupendo por Tyler e pelos backing vocals, totalmente grudento, outro refrão genial. A música segue com um swing cadenciado explodindo de vez no refrão e fazendo o ouvinte se empolgar com a energia jogada para fora aqui!
9 – HooDoo / VooDoo Medicine Man (Perry, Raine-Reusch, Tyler, Brad Whitford) – 4:39 4/5
Ainda com a música anterior na cabeça ( algo que vai ser difícil sair), começa-se o penúltimo tape, e na minha visão a pior música do álbum. O que eu disse em "My Girl", pode ser dito aqui também, não que a canção seja péssima, mas se comparada com o restante presente no álbum, está se torna a menos agradável, mesmo sendo boa. Tom Hamilton se solta bastante na penúltima música e toca uma linha de baixo totalmente perceptível durante toda a canção e segura durante alguns minutos uma base para uma das melhores soladas de Perry. Gosto bastante como a canção acaba…. Um experimentalismo doido! Reforçando mais uma vez:  Doeu colocar essa faixa como a pior do álbum, me agrada bastante, mas tinha que por uma!
10 – What It Takes (Tyler, Perry, Child) – 6:28 5/5
A essa altura você deve estar se perguntando… Cadê a balada? A essencial balada que não pode faltar em um disco de Hard Rock, ainda mais em um do Aerosmith, experts em fazer as pessoas fecharem os olhos e pensarem em suas amadas? Aí eu te digo meu caro, EIS AQUI A BALADA. 3º single do álbum, "What It Takes" lutou por algum tempo na minha cabeça com "Janie’s Got A Gun" no começo dessa resenha, quando tive que escolher a melhor música do álbum, nem sei por que escolhi "Janie’s Got A Gun", "What It Takes" também se colocada lá não mudaria nada. Falando da música em si, a última faixa mostra o poder de composição dos americanos quando se trata de balada, eles possuem um feeling sem igual, sabem exatamente como encaixar os teclados na melodia, a hora dos solos de guitarra, o que fazer com os backing vocals… Aqui até a gaita pode ser ouvida, e eu te digo (basta escutar) ficou foda. Steven é dono de uma voz estupenda, o cara realmente toca lá dentro da alma com sua voz e aqui sem sombra de dúvida é onde o cantor melhor canta, alcança notas altíssimas sem falar da emoção transmitida por ele! "What It Takes", fez Pump acabar de uma forma emocional e digna!

Aerosmith - Pump

André Christovam - Mandinga (1989)

Primeiro disco desse guitarrista paulista de blues, gravado em 1989, com todas as músicas em português e participações de Rita Lee e Roberto de Carvalho em "Dúvido (Mais Tô Tentando)", voz de bluseiro e guitarra de primeira, com letras inteligentes e arranjos muito bons.
O disco começa com uma música instrumental "Sebo Nas Canelas", um blues acelerado e com a guitarra e a bateria botando tudo abaixo; depois entra "Confortável", pra mim a melhor do cd, letra sacana, bem bolada e um solo arrasador;  "Dúvido (Mais Tô Tentando)" porrada bluseira, outra letra 10, slide arrepiando e participação no vocal de Roberto de Carvalho; "Mandinga", harmônica de Flávio Guimarães, violão e uma bateria primal junto a uma voz mais gutural, fazem dessa canção um blues antigo.
"So Long Boemia" aqui os metais dão o tom com outro solo magistral; "Genuíno Pedaço Do Cristo" o piano é quem dá o andamento, letra falando do roubo do Cristo, genial; "Dados Chumbados", violão slide e a Harmônica de novo conduzindo a canção; "Palhaço De Gesso" outra instrumental apenas no violão.
Como bonus esse cd vem com 3 músicas gravadas em 1994,  2 delas já gravadas pelo Kid Vinil & Os Heróis Do Brasil, que André fez parte, "Carne De Pescoço" um bluesão com outro solo muito bom e a voz do André meio abafada; "Sem Whisky, Sem Mais Baby", outra letra muito boa, como a música anterior é uma regravação dos Heróis Do Brasil, mais a marca do André Christovam um slide matador; "Para Com Isso" última música do cd, novamente harmônica e guitarra levando a canção, um belo final de um cd fora de série.

André Christovam - Mandinga


domingo, 2 de março de 2014

B.B. King - Blues On The Bayou (1998)

Álbum de 1998, produzido pelo próprio King, com canções antigas e novas todas escritas por ele, gravado direto sem overdubs. Foi gravado em 4 dias em um estúdio isolado na Louisiana, não há duetos, sem convidados especiais, apenas o rei e sua banda, tocando suas músicas e tem como resultado um disco de blues espetacular.
Começa com "Blues Boys Tune", uma faixa instrumental que é puro feeling; "Bad Case Of Love" é animada, swinguada, sexo puro; "I'll Survive" é um blues arrastado, romântico, com um solo de piano sublime.
"Mean Ole' World" é para sair dançando, rodopiando no salão com sua gata, metais e guitarra num namoro quente; "Blues Man" um blues lento e como diz o título é o próprio B.B. King, solo magnífico; "Broken Promisse" pontuada pelo teclado e a guitarra de King, dois solos de guitarra.
"Darlin' What Happened" outro blues lento, novamente o piano se destaca, conduzindo a canção e um solo de guitarra no final; "Shake It Up And Go" é para tocar ao vivo com todos batendo palmas e dançando; "Blues We Like" outra instrumental, guitarra levando o ritmo e solo, batida suave com os metais.
"Good Man Gone Bad" o piano leva a música com direito a um solo, a guitarra fica nos licks e um solo quase no final; "If I Lost You" outra romântica com um belo solo de King; "Tell Me Baby" um pouco mais agitada, guitarra e teclados dando o tom e solos.
"I Got Some Outside Help I Don't Need" no mesmo clima das demais, batida suave; "Blues In G" ótimo balanço, guitarra e piano de novo solando; "If That Ain't It I Quit" padrão B.B. King, a banda levando a canção e os licks de B.B., instrumental.
E assim termina esse espetacular disco, dançando ou se amando para no final relaxar extasiado.
Disco essencial, blues na veia.

B.B. King -Blues The Bayou

The Black Crowes - Too Good To Be True (1992)

Uma das minhas bandas preferidas, gravado ao vivo no Beacon Theater, New York - 26 de agosto de 1992, na turnê do The Southern Harmony And Musical Companion pelos USA, Rock N' Roll de primeira. Os Corvos embora muitas vezes comparados aos Stones e Faces, conseguiram imprimir sua própria identidade, fazendo um som setentista mas sem parecer datado, nesse bootleg tem uma combinação de canções dos dois primeiros discos, que são uma pedrada na orelha.
"No Speak No Slave" é um bom começo, rápida, guitarreira como as canções do Crowes; "Sting Me" riff dançante do Rich Robinson, mais os vocais femininos; "Twice Is Hard" mais cadenciada, as duas guitarras duelando, belo solo de Marc Ford.
"Thick N' Thin" rock básico, curto e agitado; "Sister Luck" é uma baladona, clássico, com belos solos de guitarras; "Black Moon Creeping" outra balada com Ford arrassando no solo.
"Hotel Illness" rock marcado pelo slide de Rich; "Hard To Handle" rock n' roll puro, balanço irresistível, a banda toda botando pra quebrar, outro belo solo de Ford; "Stare It Cold" novamenta a banda coloca pra dançar, rock clássico, solo arrasador.
"She Talks To Angels" uma linda balada com violões e Chris Robinson cantando muito; "Remedy" clássicaço, riff matador, a banda toda em destaque, vocais femininos e um solo de Marc Ford muito bom; "Jealous Again" fecha o show lá em cima, piano martelando o ritmo, guitarras stoneanas, rock na veia.

The Black Crowes - Too Good To Be True