Rock 'N' Roll

Rock 'N' Roll

Mais um Louco

Bem vindos todos os viajantes, piratas, perdidos, esquecidos, desavisados, alucinados, esse blog é uma pequena maneira de retribuir o muito que vários LOUCOS MUSICAIS me mostraram com seus venenos, suas bolachas, seus conhecimentos e suas pirações por música, especialmente ROCK/BLUES, mais sem desprezar outros gêneros/gênios. Aliás um desses loucos é que me fez voltar a postar, porque fiquei de saco cheio com essa queda de braço com o DMCA, era um tal de postar e derrubar que tira o tesão de qualquer um, mais em fevereiro de 2014 conheci o blog Som Mutante, aliás recomendo, http://sommutante.blogspot.com.br/ , que procurando um cd do Chris Robinson me levou até lá e não pude mais sair rsrs. Lendo os post desde o começo do blog não resisti a voltar a luta, obrigado Lobo.
Um blog para quem nasceu no século passado e ainda escuta Exile On Main St. pela bilionésima vez e acha que não tem nada melhor.

PS:Um aviso, posto coisas que gosto e portanto as elogio e denomino-as como eu quiser, não tenho saco pra discutir quem é o melhor, etc, já fiz as minhas escolhas e portanto se não gosta do meu som sinta-se a vontade para ir embora.

domingo, 30 de março de 2014

Sammy Hagar - Unboxed (1994)

Essa é uma coletânea do Sammy Hagar, lançada em 1994, com vários sucessos e duas músicas inéditas. Gosto muito do Van Halen, principalmente da fase com Sammy, e nesse álbum podemos ouvir músicas do início de carreira do vocalista.
As duas primeiras músicas são inéditas, "High Hopes" e "Buying My Way Into Heaven", com a cara do Van Halen, pesadas e guitarras em primeiro plano; "I'll Fall In Love Again" quase uma balada, com a guitarra de Hagar levando a canção; "There's Only One Way To Rock" outra com a cara no Van Halen, aliás cantada por eles nos shows quando o Sammy entrou na banda.
"Heavy Metal" é pesada como o nome e bem ritmada, tem um belo solo; "Eagles Fly" é uma balada maravilhosa, também foi tocada no Van Halen, conduzida no violão e teclados; "Baby's On Fire" hard rock típico com outro belo solo.
"Three Lock Box" um dos clássicos de Sammy com um puta solo de guitarra; "Two Sides Of Love" uma canção balançada bem AOR anos 80; "I Can't Drive 55" maior clássico de Sammy é um hard acelerado típico de estrada, com riffs e solo; "Give To Live" outra balada, bem romântica; "I Don't Need Love" grande canção, acelerada, pesada. guitarra pesada levando a música, com solo no final.

Sammy Hagar - Unboxed

quarta-feira, 26 de março de 2014

Albert King - Blues For Elvis King Does The King's Things (1970)

Mais um King, aliás dois, Albert King e Elvis Presley, o guitarrista gravou um disco com releituras do Elvis, com muito blues e balanço. Não vou fazer uma resenha de cada música, são clássicos, que ganharam uma releitura bem soul, com metais e um baixo marcando o ritmo, cortesia da produção de Donald "Duck" Dunn que já tocou com muita gente boa e a guitarra de King em solos marcantes.

Albert King - Blues For Elvis

domingo, 9 de março de 2014

Arc Angels - Arc Angels (1992)

Essa banda eu descobri através da revista Bizz em 1992, gostei da resenha e procurei pelas lojas de discos de Porto Alegre, até que achei numa loja na Independência, a Megaforce, que era especializada mais em heavy metal. Quando coloquei o cd no aparelho, aliás um dos primeiros cd's que comprei, pois prefiro vinil, foi amor a primeira escutada, duas guitarras assim como os Stones mas com uma levada bem mais blues e dois cantores, Doyle Bramhall II e Charlie Sexton, juntos com a cozinha do Stevie Ray Vaughan, Chris Layton e Tommy Shannon, destilando uma música de qualidade.
Abre com "Living In A Dream", que é o cartão de visita da banda e seu maior hit, com Doyle e Charlie dividindo os vocais, algo que eles fazem em várias canções desse cd, um blues com uma melodia que gruda e um solo bem feito por Doyle, que aliás é canhoto mais não inverte as cordas das guitarras; "Paradise Cafe" tem um ritmo mais malemolente, sensual, tambem com os dois no vocal, ótima canção; "Sent By Angels" é um blues lento, apaixonado, com Doyle nos vocais e o orgão de Ian McLagan.
"Sweet Nadine" balada agora do Sexton com uma batida forte de Chris Layton e um bom refrão; "Good Time" é um blues funkeado do Doyle, com a cozinha descendo a mão e um solo cheio de swing e wah-wah; "See What Tomorrow Brings" é uma homenagem do Doyle para Stevie Ray Vaughan, simplesmente emocionante e com o melhor solo do cd.
"Always Believed In You" novamente com a divisão dos vocais é um blues acelerado, na veia e um solo dividido entre os dois guitarristas; "The Famous Jane" mais uma balada de Sexton, com boas guitarras; "Spanish Moon" é bem pesada com Doyle e Sexton dividindo riff, solos e vocais.
"Carry Me On" só com Doyle tem um ritmo com balanço, dançante e boas guitarras; "Shape I'm In", outro hit com um ritmo anos 50 é uma porrada, vocais divididos; "Too Many Ways To Fall" assim como a primeira canção do cd, essa fecha com chave de ouro, uma pedrada, forte, pulsante, vocal do Charlie e guitarras saturadas e um solo do Doyle apaixonante.
Esse é um dos meus cd's de cabeceira e merece ser ouvido a exaustão.

Arc Angels - Arc Angels


Lynyrd Skynyrd - Gimme Back My Bullets (1976)

Adoro Southern Rock e portanto o Lynyrd Synyrd, e não tenho essa coisa de prefiro Ronnie ou Johnny ou é melhor antes do acidente ou depois, para mim é tudo Lynyrd Skynyrd. É difícil dizer qual o melhor disco deles e por um bom tempo fiquei entre postar esse ou o God & Guns, ou então o ao vivo One More From The Road, mais a verdade é que sendo Skynyrd o que colocar na agulha é bom, achei uma ótima resenha do site Southern Rock Brasil, ouça com som bem alto.
O Gimme Back My Bullets é o único álbum da formação clássica do Skynyrd a possuir o nome de uma das faixas. Chamo de "formação clássica" e não "formação original" por que nessa altura, Ed King e Bob Burns já não faziam parte do grupo. O guitarrista, compositor de "Sweet Home Alabama" abandonou a banda após a Torture Tour, uma turnê muito longa e regada a muita droga e bebida. King disse sobre a turnê: "As coisas estavam saindo do controle e eu saía do controle junto com elas, eu não me orgulho da forma como sai, mas foi necessário, estava começando a ter problemas com o empresário e problemas internos com a banda". Então, Ed King deixou a banda assim como o baterista Bob Burns, havia feito tempos antes. Assim, Gimme Back My Bullets é o primeiro registro de Artimus Pyle na cozinha do Skynyrd.
Após a saída de King, o Lynyrd Skynyrd excursionou pela Europa, mas a banda andava tendo problemas com seus técnicos e empresário, a solução encontrada por todos era simples, substituí-los. A banda trabalhava com Al Kooper, que produziu o Second Helping e o Nuthin’ Fancy. Embora tenha tido certo sucesso comercial, Nuthin’ Fancy foi claramente o álbum mais fraco do Skynyrd, mas não por suas músicas, mas sim pelo seu trabalho de mixagem e produção. Como a Rolling Stone descreveu: "O álbum é desajeitado em comparação as suas atuações ao vivo das mesmas músicas". Assim, a banda dispensou Kooper e chamou Tom Dowd.
Dowd, um produtor que já havia trabalhado com Otis Redding, Cream, Allman Brothers e Eric Clapton, teria se interessado em trabalhar com o Skynyrd, pois "ele queria fazer conosco no estúdio o que ele não conseguia com o Allman Brothers" disse Leon Wilkeson. O fato é que o Gimme Back My Bullets é uma obra do Skynyrd com o Dowd, sem a contribuição do produtor, dificilmente o disco teria o sucesso que teve. Principalmente por que praticamente todas as músicas foram compostas no estúdio, sob a 'supervisão' de Tom Dowd.
A primeira faixa é "Gimme Back My Bullets". Com um poderoso riff de guitarra, a canção se tornou um dos hinos do Southern Rock. Com os solos alternados a bateria acentuada e um órgão segurando o refrão fácil de lembrar, a música rapidamente fica na memória. Por um curto tempo a canção ficou fora dos shows do Skynyrd, pois o público – principalmente nos estados sulistas – lançavam balas de diversos calibres no palco sempre que Ronnie anunciava a canção, assim, temendo que as balas fossem enviadas de outra forma, a música ficou temporariamente banida das apresentações do Lynyrd Skynyrd.
"Every Mother Son" é uma daquelas faixas em que você percebe a importância de Billy Powell para a banda. Uma bela balada sobre a vida e como ela muda, um conselho de quem já viu muitos caírem. Uma harmonia tranquila, com um lindo solo de guitarra do Allen Collins seguido pelo piano de Powell.
A terceira faixa, "Trust", vem com um riff dos que você só ouve com o "velho Lynyrd". A música é basicamente um belo conselho sobre a vida e o amor, ela diz, "não confie em ninguém, não diga a sua mulher que você a ama, pois é quando seu problema começa".
"I Got The Same Old Blues" é uma versão mais 'root' de uma canção do J.J Cale. O Skynyrd já havia gravado uma música de Cale no Second Helping mas, diferente de "Call Me The Breeze", "I Got The Same Old Blues" não é uma Road Music. O Skynyrd transformou a música de um country-blues suave em um rock-blues mais pesado, com destaque para o belo slide de Gary Rossington e o solo de gaita, além do riff no teclado.
"Double Trouble" é a quinta faixa. Com um rock'n'roll bem sulista do tipo que só se ouve nos anos setenta. Bem trabalhado nos riffs de guitarra, sobre um "cowboy badass" encrenqueiro falando sobre as verdades da vida, e de seu apelido "problema em dobro, é como meus amigos me chamam". A faixa seguinte é "Roll Gypsy Roll", com um suave riff no violão e um solo de guitarra – aparentemente do Gary – a canção canta sobre a vida na estrada, as dificuldades e insatisfações que nem mesmo o dinheiro ("I made lots of money, Just how much I don’t Know"), as mulheres ("Met many a woman on my way down the line) e as drogas (But most the Money I done, stuck on my nose") eram o suficiente.
A sétima faixa é "Searching", um eletrizante rock'n'roll com um trabalho fenomenal nos solos alternados entre Gary Rossington e Allen Collins que finalizam o solo juntos. Talvez seja esse o motivo de em 1976, esta música ter sido um dos singles do único disco ao vivo da formação clássica do Skynyrd, o One More From The Road. O solo de "Searching" é perfeito para apresentações, aliás, a música como um todo é.
"Cry For The Bad Man" vem em seguida. O Lynyrd Skynyrd sempre trabalhou com músicas simples, poucos acordes e tudo mais, a diferença é que os músicos eram muito competentes, e, embora trabalhasse com poucos acordes usavam diversos riffs, e talvez seja esse o grande diferencial da banda, não haviam tantos efeitos, trabalhavam com um som um pouco mais limpo do que se tem hoje em dia – talvez essa "sujeira" seja influência do rock dos anos 80 e 90. O fato é que "Cry For The Bad Man" retrata isso perfeitamente, a música em si, possui cerca de 4 ou 5 acordes, no entanto é trabalhada com solos e riffs de uma forma magnífica.
Fechado o álbum vem "All I Can Do Is Write About It". Uma leve baladinha com pitadas de country sobre a vida e as mudanças dela. A música tem sua base no violão e no piano, que posteriormente abre em um bonito solo. E mais uma vez, o Skynyrd marca o seu orgulho sulista cantando sobre as belezas do sul. Em 1991 essa faixa reaparece no CD 2 do Lynyrd Skynyrd Box Set, no entanto, aqui ela aparece completamente acústica, um lindo registro de uma linda canção, uma das mais tocantes do Skynyrd.
No fim das contas o Gimme Back My Bullets foi um marco para o Lynyrd Skynyrd, a participação do Tom Dowd no álbum lembrou aos membros da banda do que eles podiam fazer, a banda se levantou de forma magnífica. "Transformou a chuva em sol" teria dito Allen Collins, sobre Dowd. E "falando materialmente, acho que é o nosso melhor trabalho, pelo menos o melhor de mixagem", sobre o álbum.
"Nós sempre fomos pesados e sujos, decidimos fazer um álbum mais limpo, o conteúdo era bom, era tão... refinado" teria dito Ronnie, também sobre o álbum. Em 1999 o disco ganhou um remixagem e mais duas faixas, as versões ao vivo de "Gimme Back My Bullets" e "Cry For The Bad Man", ambas gravadas em 1976 na cidade de São Francisco, Califórnia.

Lynyrd Skynyrd - Gimme Back My Bullets

segunda-feira, 3 de março de 2014

The Jeff Healey Band - Mess Of Blues

https://hotfile.com/dl/257144885/0aeb0b6/Robert_Plant_-_1993_-_Fate_Of_Nations.rar.html
Último disco desse grande guitarrista canadense e cego, que morreu antes de lançarem esse CD. Uma volta ao blues depois de lançar alguns discos de jazz, sua outra paixão. As músicas apresentadas aqui são grandes clássicos como, "Like A Hurricane", de Neil Young, outros destaques são "Sittin’ On Top of The World", "Shake Rattle And Roll" e "I'm Tore Down".
Já gravado por Eric Clapton no disco From The Cradle, "I'm Tore Down" é ao vivo e matadora, com um solo de piano dos bons, mais o solo do Jeff na mesma medida; "How Blue Can You Get", gravado por B.B. King, marcada pela guitarra, novamente com um solo agora de orgão e licks mais jazísticos de Healey, também ao vivo; "Sugar Sweet" balanço dos bons, com a guitarra marcando o ritmo junto ao teclado, outro solo inspirado.
"Jambalaya" cantada pelo baixista Alec Fraser é um boogie woogie delicioso;"The Weight" canção do grupo The Band, um clássico; "Mess Of Blues", gravada por Elvis Presley nos anos 60, tem novamente os teclados e a guitarra marcando a canção.
"It's Only Money", outro boogie, cantado pelo tecladista Dave Murphy e com solo dele; "Like A Hurricane", cover de Neil Young, mantém a estrutura original da canção, brilhando de novo os teclados, mais um ótimo solo de Jeff Healey, também ao vivo como a próxima; "Sittin' On Top Of The World", um folk blues dos anos 30, com um solo delicado de Healey.
O final tem "Shake, Rattle And Roll", gravada por muitos artistas, entre eles Elvis, outro boogie para sair dançando e com solos de piano e guitarra.

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Aerosmith - Pump (1989)

Pump foi o décimo álbum da carreira do Aerosmith e lançado no ano de 1989. Foi a retomada do sucesso após um período de baixa, várias músicas fizeram sucesso e com clipes na MTV, como "Love In A Elevator", "The Other Side" e "Janie's Got A Gun".
E como achei ótima essa resenha, estou copiando, ela foi publicada no blog Roque Veloz:
1 – Young Lust (Perry, Tyler, Jim Vallance) – 4:18  4,5 /5
A canção não chega a perfeição, mas por muito pouco. Felizmente "Young Lust" abre de uma maneira ótima o álbum. Sua introdução enérgica anima o ouvinte contagiado pelas baquetas alucinadas de Kramer na caixa. Steven logo na primeira canção mostra seu poder vocal, atingindo notas altas como poucos. O refrão da canção não é maravilhoso, não tendo algo magnífico em sua composição, mas de todo a canção ainda permanece agradável, principalmente quando em alguns momentos o peso cai, mostrando o poder de criação da banda. Boa abertura!
2 – F.I.N.E. (Perry, Tyler) – 4:09 5/5
Joe Perry  e Steven Tyler, uma das duplas mais fodas da história do rock 'n' roll, uma relação de amor e ódio. Quando se vê somente o nome dos dois na composição de uma canção, a expectativa perante a ela aumenta e muito. E felizmente "F.I.N.E." consegue fazer jus a essa expectativa. Diferente da música anterior, um clima mais calmo pode ser notado, uma cadência dada por uma bateria mais suave e uma linha de baixo menos notável e simples, fazem parte do enredo da 2ª faixa. Considero "F.I.N.E." uma das melhores do álbum, tem uma boa letra e melodia. Esta é uma canção que cantada por Tyler fica ótima, mas não imagino ela sendo cantada por ninguém, simplesmente funciona com Tyler, mas não funcionaria com ninguém mais. Vale ressaltar também o refrão que é bom! Pump começava a jogar para fora seus clássicos!
3 - Going Down – 0:17 / Love In An Elevator (Perry , Tyler) – 5:21 5/5
O último álbum da banda havia sido feito pelos membros totalmente limpos de qualquer tipo de droga, totalmente sóbrios. Pump também contava com essa façanha, após se internar em uma clínica de recuperação anos antes Steven Tyler permanecia limpo, talvez isso o ajudasse nas composições e aqui havia outro clássico composto por ele e Perry. A introdução da 3ª faixa contava com "Going Down", uma faixa introdutória de 0,17 segundos que se inicia cheia de efeitos. "Love In An Elevator" é uma faixa direta que conta com uma bela apresentação de Tyler nos vocais, sua voz potente é muito ajudada pelos backing vocals. Gosto bastante dessa faixa, aqui Joe Perry começava a dar seu espetáculo, já conhecido pelos fãs, seu solo é sólido e bom, dura boa parte da canção. "Love In An Elevator" tem um refrão muitas vezes repetido, mas curiosamente não enjoa, mantém uma boa qualidade no álbum após as duas primeiras canções! A letra pode soar boba e fraca, mas fica em segundo plano! Vale ressaltar o uso de teclados muito evidentes aqui, tocado por Steven, algo um pouco raro de se ver nas canções da banda, mas o instrumento só aumentou os pontos da canção, não prejudicando-a.
4 – Monkey On My Back (Perry, Tyler) – 3:57 4/5
A letra de "Monkey On My Back", pode ser considerada a mais severa e forte do álbum, por se tratar de alcolismo e drogas, no documentário The Making Of Pump ( Documentário sobre um making of do álbum) Tyler diz um pouco sobre a letra em si. A canção em seus segundos iniciais traz um experimentalismo à banda americana, não é uma introdução que me agrada ao máximo. Mas felizmente os segundos passam e a introdução vai ficando para trás, a bateria de Kramer entra e dá um peso característico para a música que possui uma ótima batida. A canção inteira não exige muita coisa da voz rasgada de Tyler, e se comparada as duas ótimas anteriores pode até soar simples, sem aquele solo de guitarra memorável e sem aqueles agudos típicos de Tyler. Todavia essa falta de componentes memoráveis não faz da faixa uma péssima música. Agrada!
5 – Water Song 0:10/ Janie’s Got A Gun (Raine-Reusch, Tyler, Hamilton) – 5:38 5/5
Aqui chegamos ao ápice do trabalho. A 5ª faixa viria para concretizar o ótimo retorno da banda aos estúdios. "Janie’s Got A Gun" foi lançada como segundo single de Pump e detonou nas paradas do mundo inteiro, a música é aquela típica conhecida por todos os tipos de pessoas, que gostam desde o samba até o sertanejo, aliás algo que o Aerosmith consegue fazer muitas vezes com algumas de suas faixas, atire a primeira pedra se você nunca viu um forrozeiro ou sei lá um pagodeiro que não goste de uma música dessa banda americana. Graças a "Janie’s Got A Gun" o Aerosmith ganhou seu primeiro Grammy, um momento histórico e memorável para a banda, como disse Joe Perry. Os 10 segundos iniciais, da faixa introdutória "Water Song" é trabalho do multi instrumentalista Raine-Reush e passa muito rapidamente. Alguns segundos depois a bateria de Kramer produz um som muito parecido com um canhão enquanto Tyler canta de maneira suave na introdução, um dos melhores momentos do álbum sem a menor dúvida. Logo nos momentos iniciais a música já merecia uma avaliação máxima, mas o refrão chega para aumentar ainda mais a admiração do ouvinte perante a música, simplesmente fantástico. Steven Tyler mostra porque é considerado um dos melhores frontmans da história interpretando a música de forma única e tocando uma linha de teclado perceptível e essencial. Perry dá graças de sua existência tocando um solo divino e difícil de ser esquecido até o fim do álbum. Clássico dos clássicos dos clássicos da banda! Estupenda! Destaque para Kramer, Tyler e Perry em uma de suas melhores apresentações!
6 – Dulcimer Stop 0:49 / The Other Side (Raine-Reusch, Tyler, Vallance, Holland – Dozier -Holland) – 4:56 5/5
Outro trabalho de Raine-Reush, num misto de sons estranhos na faixa introdutória nomeada como "Dulcimer Stop", os 50 segundos dessa vez são mais aparentes e perceptíveis do que no trabalho anterior, "Water Song", onde o multi-instrumentalista tocou somente 10 segundos. Após seu showzinho particular o 4º single começa, em uma das melhores introduções do álbum, com um trompete estupendo e contagiante que contrasta com uma belíssima linha de baixo de Hamilton… Os backing vocals são notados desde o início da canção e estão muito presentes, cantando de uma boa forma, dando uma vontade a mais para fazer o ouvinte soltar a voz nessa ótima faixa. Os instrumentos de metais aqui utilizados estão estupendos e trazem um peso a mais para a música, que sem eles não seria  tão empolgante! Belíssima e grudenta, chiclete e clássica!
7 – My Girl ( Perry, Tyler) – 3:10 4/5
Uma canção digamos, mais despretensiosa e musicalmente mais simples que o restante. "My Girl" não se torna incrível por estar presente em um álbum com músicas de mais qualidade e mais sofisticadas do que ela. Destaco aqui Hamilton com uma bela linha de seu baixo e o bom refrão, algo que os americanos do Aerosmith sempre sabem fazer. É por mim considerada uma das piores do álbum, mas não por sua limitação musical, mas sim por suas concorrentes extremamente mais qualificadas. Ouso a dizer que se fosse lançada nos dois primeiros álbum do Aerosmith gravado na década de 80 (Rock In A Hard Place ou Done With Mirrors) até faria sucesso, pois naqueles álbuns a qualidade era algo que não existia, todavia foi lançada em Pump, e isso faz dela uma canção comum na auditória do álbum!
8 – Don’t Get Mad, Get Even ( Perry, Tyler) – 4:48 5/5
Sabe o que deveríamos fazer nessa música? Nos ajoelhar e aclamar Steven Tyler. O cara além de cantar pra caralho, soltando agudos incríveis, ainda toca gaita de maneira estupenda. "Don’t Ged Mad, Get Even" é indiscutivelmente uma das grande músicas de Pump, percebe-se em sua audição o quanto a banda trabalhou nela. A primeira parte é suave, com a guitarra em um swing descaracteristico de Joe Perry e Brad Whitford e as baquetas cadenciadas de Kramer, chega a assustar.  A introdução passa e explode o peso… O refrão é o nome da música cantada de modo estupendo por Tyler e pelos backing vocals, totalmente grudento, outro refrão genial. A música segue com um swing cadenciado explodindo de vez no refrão e fazendo o ouvinte se empolgar com a energia jogada para fora aqui!
9 – HooDoo / VooDoo Medicine Man (Perry, Raine-Reusch, Tyler, Brad Whitford) – 4:39 4/5
Ainda com a música anterior na cabeça ( algo que vai ser difícil sair), começa-se o penúltimo tape, e na minha visão a pior música do álbum. O que eu disse em "My Girl", pode ser dito aqui também, não que a canção seja péssima, mas se comparada com o restante presente no álbum, está se torna a menos agradável, mesmo sendo boa. Tom Hamilton se solta bastante na penúltima música e toca uma linha de baixo totalmente perceptível durante toda a canção e segura durante alguns minutos uma base para uma das melhores soladas de Perry. Gosto bastante como a canção acaba…. Um experimentalismo doido! Reforçando mais uma vez:  Doeu colocar essa faixa como a pior do álbum, me agrada bastante, mas tinha que por uma!
10 – What It Takes (Tyler, Perry, Child) – 6:28 5/5
A essa altura você deve estar se perguntando… Cadê a balada? A essencial balada que não pode faltar em um disco de Hard Rock, ainda mais em um do Aerosmith, experts em fazer as pessoas fecharem os olhos e pensarem em suas amadas? Aí eu te digo meu caro, EIS AQUI A BALADA. 3º single do álbum, "What It Takes" lutou por algum tempo na minha cabeça com "Janie’s Got A Gun" no começo dessa resenha, quando tive que escolher a melhor música do álbum, nem sei por que escolhi "Janie’s Got A Gun", "What It Takes" também se colocada lá não mudaria nada. Falando da música em si, a última faixa mostra o poder de composição dos americanos quando se trata de balada, eles possuem um feeling sem igual, sabem exatamente como encaixar os teclados na melodia, a hora dos solos de guitarra, o que fazer com os backing vocals… Aqui até a gaita pode ser ouvida, e eu te digo (basta escutar) ficou foda. Steven é dono de uma voz estupenda, o cara realmente toca lá dentro da alma com sua voz e aqui sem sombra de dúvida é onde o cantor melhor canta, alcança notas altíssimas sem falar da emoção transmitida por ele! "What It Takes", fez Pump acabar de uma forma emocional e digna!

Aerosmith - Pump

André Christovam - Mandinga (1989)

Primeiro disco desse guitarrista paulista de blues, gravado em 1989, com todas as músicas em português e participações de Rita Lee e Roberto de Carvalho em "Dúvido (Mais Tô Tentando)", voz de bluseiro e guitarra de primeira, com letras inteligentes e arranjos muito bons.
O disco começa com uma música instrumental "Sebo Nas Canelas", um blues acelerado e com a guitarra e a bateria botando tudo abaixo; depois entra "Confortável", pra mim a melhor do cd, letra sacana, bem bolada e um solo arrasador;  "Dúvido (Mais Tô Tentando)" porrada bluseira, outra letra 10, slide arrepiando e participação no vocal de Roberto de Carvalho; "Mandinga", harmônica de Flávio Guimarães, violão e uma bateria primal junto a uma voz mais gutural, fazem dessa canção um blues antigo.
"So Long Boemia" aqui os metais dão o tom com outro solo magistral; "Genuíno Pedaço Do Cristo" o piano é quem dá o andamento, letra falando do roubo do Cristo, genial; "Dados Chumbados", violão slide e a Harmônica de novo conduzindo a canção; "Palhaço De Gesso" outra instrumental apenas no violão.
Como bonus esse cd vem com 3 músicas gravadas em 1994,  2 delas já gravadas pelo Kid Vinil & Os Heróis Do Brasil, que André fez parte, "Carne De Pescoço" um bluesão com outro solo muito bom e a voz do André meio abafada; "Sem Whisky, Sem Mais Baby", outra letra muito boa, como a música anterior é uma regravação dos Heróis Do Brasil, mais a marca do André Christovam um slide matador; "Para Com Isso" última música do cd, novamente harmônica e guitarra levando a canção, um belo final de um cd fora de série.

André Christovam - Mandinga


domingo, 2 de março de 2014

B.B. King - Blues On The Bayou (1998)

Álbum de 1998, produzido pelo próprio King, com canções antigas e novas todas escritas por ele, gravado direto sem overdubs. Foi gravado em 4 dias em um estúdio isolado na Louisiana, não há duetos, sem convidados especiais, apenas o rei e sua banda, tocando suas músicas e tem como resultado um disco de blues espetacular.
Começa com "Blues Boys Tune", uma faixa instrumental que é puro feeling; "Bad Case Of Love" é animada, swinguada, sexo puro; "I'll Survive" é um blues arrastado, romântico, com um solo de piano sublime.
"Mean Ole' World" é para sair dançando, rodopiando no salão com sua gata, metais e guitarra num namoro quente; "Blues Man" um blues lento e como diz o título é o próprio B.B. King, solo magnífico; "Broken Promisse" pontuada pelo teclado e a guitarra de King, dois solos de guitarra.
"Darlin' What Happened" outro blues lento, novamente o piano se destaca, conduzindo a canção e um solo de guitarra no final; "Shake It Up And Go" é para tocar ao vivo com todos batendo palmas e dançando; "Blues We Like" outra instrumental, guitarra levando o ritmo e solo, batida suave com os metais.
"Good Man Gone Bad" o piano leva a música com direito a um solo, a guitarra fica nos licks e um solo quase no final; "If I Lost You" outra romântica com um belo solo de King; "Tell Me Baby" um pouco mais agitada, guitarra e teclados dando o tom e solos.
"I Got Some Outside Help I Don't Need" no mesmo clima das demais, batida suave; "Blues In G" ótimo balanço, guitarra e piano de novo solando; "If That Ain't It I Quit" padrão B.B. King, a banda levando a canção e os licks de B.B., instrumental.
E assim termina esse espetacular disco, dançando ou se amando para no final relaxar extasiado.
Disco essencial, blues na veia.

B.B. King -Blues The Bayou

The Black Crowes - Too Good To Be True (1992)

Uma das minhas bandas preferidas, gravado ao vivo no Beacon Theater, New York - 26 de agosto de 1992, na turnê do The Southern Harmony And Musical Companion pelos USA, Rock N' Roll de primeira. Os Corvos embora muitas vezes comparados aos Stones e Faces, conseguiram imprimir sua própria identidade, fazendo um som setentista mas sem parecer datado, nesse bootleg tem uma combinação de canções dos dois primeiros discos, que são uma pedrada na orelha.
"No Speak No Slave" é um bom começo, rápida, guitarreira como as canções do Crowes; "Sting Me" riff dançante do Rich Robinson, mais os vocais femininos; "Twice Is Hard" mais cadenciada, as duas guitarras duelando, belo solo de Marc Ford.
"Thick N' Thin" rock básico, curto e agitado; "Sister Luck" é uma baladona, clássico, com belos solos de guitarras; "Black Moon Creeping" outra balada com Ford arrassando no solo.
"Hotel Illness" rock marcado pelo slide de Rich; "Hard To Handle" rock n' roll puro, balanço irresistível, a banda toda botando pra quebrar, outro belo solo de Ford; "Stare It Cold" novamenta a banda coloca pra dançar, rock clássico, solo arrasador.
"She Talks To Angels" uma linda balada com violões e Chris Robinson cantando muito; "Remedy" clássicaço, riff matador, a banda toda em destaque, vocais femininos e um solo de Marc Ford muito bom; "Jealous Again" fecha o show lá em cima, piano martelando o ritmo, guitarras stoneanas, rock na veia.

The Black Crowes - Too Good To Be True

Etta James - At Last! (1961)

Álbum de estreia da cantora americana Etta James, lançado originalmente em 1961, produzido por Leonard Chess, dono do lendário selo de música Chess Records. Além de estrear os clássicos românticos "At Last" e "Stormy Weather", Etta mostra sua versatilidade em músicas como "I Just Want To Make Love To You", "Tough Mary" e "Spoonfull". Em "Stormy Weather", Etta James utiliza de toda a sua intensidade interpretativa e vocal (uma constante em todo o álbum) para gravar uma das melhores versões já feita. Entre as faixas-bônus aparece "Spoonfull", também escrita por Dixon e já conhecida na voz de Howlin’ Wolf; em dueto com Harvey Fuqua, parceria que se repete nas outras três músicas extras.

Etta James -At Last!

Led Zeppelin - Ottawa Sushine (1970)

Bootleg gravado em 2 shows do Led Zeppelin, 19/03/1969 em Londres e 14/04/1970 em Ottawa, Canadá, o show que é o penúltimo em Ontário, foi excelente. O Zeppelin de Chumbo foi a reunião das 4 forças da natureza ou dos 4 cavaleiros do apocalipse ou então tudo junto e misturado, foi a junção de guitarra, baixo, bateria e voz que nunca se ouviu, viu e não se repetirá novamente, sempre que escuto é como uma explosão musical, um estrondo harmônico que conduzido pela guitarra de Mister Page nos tornou os surdos mais felizes do planeta.
Iniciando com "I Can't Quit You", blues zeppeliano, guitarra e voz dando show e Page já solando muito; "You Shook Me" outro blues arrastado, com a guitarra dando o ritmo, Plant cantando e Jones no solo de teclados e Plant na harmônica, infelizmente é cortado antes do final; "Sunshine Woman", só tocada antes no show da BBC, no medley de "Whole Lotta Love", agora na íntegra, um rockão fuderoso de primeira e tem uma harmônica do Plant e o Jonesy ao piano arrasando, mais Jimmy detonado no solo, nada mais que o melhor guitarrista da terra.
"Heartbreaker" começa com os efeitos theremin e tem um solo magistral do Page numa longa versão; mais um dos pontos altos do cd é uma das melhores versões de "Bring It On Home" também longa como a anterior, tem a guitarra e a harmônica duelando entre si, até Jimmy botar tudo abaixo com a companhia de Bonzo; "White Summer/Black Mountain Side" é o momento solo do Page, como sempre ele detona.
"Since I've Been Loving You" blues de alma, magnifíco, Plant cantando muito e a banda esmerilhando; "Thank You" uma das minhas favorita, dizer o que, Jimmy arrasando no solo e Plant soberbo; "Dazed And Confused" outra aula do Page; "Whole Lotta Love" uma explosão sonora, a guitarra no talo e a bateria destroçando pra não sobrar mais nada a se dizer depois.


Led Zeppelin - Ottawa Sushine

Eric Clapton/Derek & The Dominos - Layla And Other Assorted Love Songs (Remixed Version 1990)

Álbum antológico de Eric Clapton com participação de Duanne Allman, dos The Allman Brothers Band e outros grandes músicos como Bobby Whitlock, Carl Radle e Jim Gordon. O álbum foi inspirado na paixão proibida de Clapton por Pattie Boyd, então mulher do seu amigo George Harrison, que resultou na clássica "Layla"; ainda gravaram uma versão de "Little Wing", de Jimi Hendrix – incluída no repertório como uma homenagem ao guitarrista, que morreu na mesma época em que o álbum estava sendo gravado.
Apesar do disco ser inspirado num amor não correspondido, ele não é deprê, muito pelo contrário, e com a ajuda de Duanne, as guitarras são o destaque. Além de "Layla"; "Bell Bottom Blues", "Tell The Truth", "Have You Ever Loved A Woman" e "Key To The Highway"  são tocadas por Clapton até hoje.
Começamos por  "I Looked Away" belo início, uma música meio country, triste e com belos licks de Eric; "Bell Bottom Blues"  um clássico, um blues arrastado, solo  e licks magníficos, de arrasar; "Keep On Growing" uma música swingada, com vocais divididos com Bobby Whitlock e outro solo de Eric inspirado.
“Nobody Knows You When You’re Down And Out” já traz o slide de Duanne e outro solo de Clapton arrasador, um blues sensacional; "I Am Yours" balada acústica, percussão marcando o ritmo e Clapton e Duanne nas guitarras; "Anyday" outra música com o DNA de Clapton, novamente com os vocais divididos com Whitlock, andamento e solo muito bons.
"Key To The Highway", quase 10 minutos do mais puro blues, Clapton e Duanne inspiradíssimos dialogando com suas guitarras durante toda canção e dando um show no solo; "Tell The Truth" mais um clássico, Eric Clapton e Whitlock nos vocais e Allman arrassando na guitarra, com um belo solo de slide; "Why Does Love Got To Be So Sad" canção mais alegre e com um riff de primeira, com o solo de Eric e Duanne. 
"Little Wing" o que falar dessa música, clássico do Hendrix, numa versão talvez melhor ainda, pesada e emocionada, e para finalizar o melhor da festa, "Layla", clássico absoluto, A canção de amor, A música de Clapton, arranjo, solo, voz, as guitarras duelando, o piano, um conjunto perfeito e arrebatador, uma obra prima; "Thorn Tree In The Graden" balada levada pelos violões e cantada por Bobby Whitlock, um momento suave para encerrar esse caso de amor.
Remixado em comemoração aos 20 anos do lançamento do disco.

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